Impactos da mudança de clima na América do Sul são mais confiáveis:
Previsão é de que haja mais ocorrência de chuvas nas áreas mais secas
LUCIENE DE ASSIS
Em 2012, o Brasil deu uma contribuição importante para o esforço global de pesquisa e conhecimento do mapeamento e previsão dos impactos da mudança do clima na superfície do planeta. Foi concluído o projeto de regionalização do Modelo Climático Global ETA, usado desde 1997 para fazer previsão do clima pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os "Resultados Iniciais da Regionalização dos Cenários Futuros de Mudanças Climáticas Globais para a América do Sul Usando as Projeções ETA CPTEC/HadCM3" foram apresentados, na tarde desta terça-feira (13/08), pelo professor José Marengo, do CCST/INPE/MCTI, em uma reunião do Grupo de Trabalho Adaptação do Grupo Executivo da Comissão Interministerial de Mudança do Clima (GEX-CIM).
RESOLUÇÃO
A regionalização de um modelo significa aumentar a resolução espacial da previsão da mudança do clima. No caso dos resultados do projeto coordenado pelo professor Marengo, o modelo abrangia espaço de 400 km por 300 km de superfície da Terra, e foi regionalizado para prover previsão de mudança do clima para uma escala de 40 km por 20 km.
As previsões futuras foram feitas para três períodos diferentes - 2010 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100, e se basearam no cenário de emissões de gases de efeito estufa do IPCC A1B, considerado um cenário intermediário, baseado no equilíbrio da participação das diversas fontes na matriz energética dos países. Os cenários são elaborados considerando-se as características de mudanças demográficas, de desenvolvimento econômico e de mudanças tecnológicas.
As projeções avaliam alterações de precipitação de chuvas, temperatura e evaporação das águas. Os dados mostram que haverá chuvas mais intensas em algumas áreas e regiões mais atingidas por períodos de estiagem ou seca. O clima, nas áreas urbanas, é analisado considerando-se a vulnerabilidade, a capacidade adaptativa e as ameaças relacionadas com o crescimento das cidades e os desastres naturais.
Para o professor Marengo o desenvolvimento de cenários de mudança do clima regionalizados é, provavelmente, o primeiro passo para compreender os impactos do aquecimento global nos territórios nacionais, orientando para a geração de informações úteis para avaliações de vulnerabilidade, e definição de medidas e estratégias para adaptação à mudança do clima. Ele explica que a mudança do clima pode ter resultados regionais bastante específicos, o que pode sugerir diferenças na distribuição regional dos impactos em um país. Por estas razões, afirma a diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Karen Cope, os resultados deste projeto têm papel fundamental como insumo à elaboração do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, que está sendo desenvolvido pelo GT Adaptação, coordenado pelo MMA e MCTI.
LUCIENE DE ASSIS
Em 2012, o Brasil deu uma contribuição importante para o esforço global de pesquisa e conhecimento do mapeamento e previsão dos impactos da mudança do clima na superfície do planeta. Foi concluído o projeto de regionalização do Modelo Climático Global ETA, usado desde 1997 para fazer previsão do clima pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os "Resultados Iniciais da Regionalização dos Cenários Futuros de Mudanças Climáticas Globais para a América do Sul Usando as Projeções ETA CPTEC/HadCM3" foram apresentados, na tarde desta terça-feira (13/08), pelo professor José Marengo, do CCST/INPE/MCTI, em uma reunião do Grupo de Trabalho Adaptação do Grupo Executivo da Comissão Interministerial de Mudança do Clima (GEX-CIM).
RESOLUÇÃO
A regionalização de um modelo significa aumentar a resolução espacial da previsão da mudança do clima. No caso dos resultados do projeto coordenado pelo professor Marengo, o modelo abrangia espaço de 400 km por 300 km de superfície da Terra, e foi regionalizado para prover previsão de mudança do clima para uma escala de 40 km por 20 km.
As previsões futuras foram feitas para três períodos diferentes - 2010 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100, e se basearam no cenário de emissões de gases de efeito estufa do IPCC A1B, considerado um cenário intermediário, baseado no equilíbrio da participação das diversas fontes na matriz energética dos países. Os cenários são elaborados considerando-se as características de mudanças demográficas, de desenvolvimento econômico e de mudanças tecnológicas.
As projeções avaliam alterações de precipitação de chuvas, temperatura e evaporação das águas. Os dados mostram que haverá chuvas mais intensas em algumas áreas e regiões mais atingidas por períodos de estiagem ou seca. O clima, nas áreas urbanas, é analisado considerando-se a vulnerabilidade, a capacidade adaptativa e as ameaças relacionadas com o crescimento das cidades e os desastres naturais.
Para o professor Marengo o desenvolvimento de cenários de mudança do clima regionalizados é, provavelmente, o primeiro passo para compreender os impactos do aquecimento global nos territórios nacionais, orientando para a geração de informações úteis para avaliações de vulnerabilidade, e definição de medidas e estratégias para adaptação à mudança do clima. Ele explica que a mudança do clima pode ter resultados regionais bastante específicos, o que pode sugerir diferenças na distribuição regional dos impactos em um país. Por estas razões, afirma a diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Karen Cope, os resultados deste projeto têm papel fundamental como insumo à elaboração do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, que está sendo desenvolvido pelo GT Adaptação, coordenado pelo MMA e MCTI.
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