terça-feira, 11 de setembro de 2012
 

Agenda - 126


Greenbuilding Brasil – Conferência & Expo
De 11 a 13 de setembro, em São Paulo (SP).
Realização: Greenbuilding Brasil.
Informações em http://expogbcbrasil..org.br/.

VIII Congresso Internacional de Bionergia
De 30 de outubro a 1º de novembro, em São Paulo (SP).
Realização: Porthus Eventos.
Informações em www.bioenergia.net.br/congresso/br/index.php.

Fimai/Simai – Feira Internacional e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial
De 6 a 8 de novembro, em São Paulo (SP).
Realização: Comunicação Ambiental.
Informações em www.fimai.com.br




 

Estante - 126


CHIANCA, Maria Helena da Costa. Po- lítica nacional de resíduos sólidos e a responsabilidade pós-consumo. Mo- nografia (Especialização em Gestão Ambiental) – Escola Politécnica da Uni- versidade Federal do Rio de Janeiro/ Instituto Brasil Pnuma, 2012. Rio de Janeiro, 2012. 89 p.

COUTINHO, Camilla Porto Pereira. Rastreabilidade Pet Food. Monografia (Es- pecialização em Gestão Ambiental) – Es- cola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Instituto Brasil Pnuma,2012. Rio de Janeiro, 2012. 53 p.

EBX. Sustentabilidade. [s.l.]: EBX, 2012. 57 p.

FACTO. Rio de Janeiro, v. 6, v. 33, abr./jun. 2012 – Rio+20.

ISO FOCUS +. Genova, v. 3, n. 3, mar. 2012; v. 3, n. 5, maio 2012; v. 3, n. 6, jun. 2012.

MARAGALL, P. Urbanisme a Barcelona: plans cap. al 92. Barcelona: Ayuntamiento de Barcelona, 1998.

MIRANDA, Thalita Xavier Garrido Fechamento de Mina no Brasil: ferramenta para gestão socioambiental na ativida- de de mineração e as lacunas na legislação nacional. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental) – Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Instituto Brasil Pnuma,2012. Rio de Janeiro, 2012. 50 p.

Relatório piloto com aplicação da metodologia IPPS ao Estado do Rio de Janeiro: uma estimativa do potencial de poluição industrial do ar/ José Luiz Sor... [et al]. – Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2008. 44 p.

REVISTA DA ESPM. São Paulo, v.18, n.17, set./out. 2011.

REVISTA DE POLÍTICA AGRÍCOLA. Brasília, v. 21, n. 1, jan./mar. 2012.

REVISTA DO EMPRESÁRIO DA ACRJ. Rio de Janeiro, v. 71, n. 1408. Especial 203 anos.

REVISTA VIVAVERDE NATUREZA. v. 6, n. 24, abr./maio 2012. Rio de Janeiro (Estado). Secretaria de Estado do Ambiente. Ambiente do Rio/Secretaria de Estado do Ambiente e Instituto Estadual do Ambiente. Rio de Janeiro: Inea, 2012. 72 p.

ROMANCINI, Regina Messere. Aspec- tos da sustentabilidade e rastreabilidade de passivos na indústria de cosméticos. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental) – Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Instituto Brasil Pnuma, 2012. Rio de Janeiro, 2012. 85 p.

PLURALE EM REVISTA. Rio de Janeiro, v. 5, n. 29, maio/jun. 2012.

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Educação, ciência, tecnologia e inovação: os principais atores na busca pela sustentabilidade


A Rio+20, recentemente realizada no Rio de Janeiro, não foi muito diferente das dezenas de reuniões relacionadas com o desenvolvimento sustentável que marcaram as últimas décadas. Entretanto, chamou a atenção de todos a ênfase dada à necessidade urgente de oferecermos uma nova educação, capaz de formar cidadãos para a sociedade do conhecimento, em que as culturas do empreendedorismo e da educação continuada serão determinantes para a ocupação dos postos de trabalho que vêm sendo oferecidos pelas profissões que surgem em consequência dos avanços da ciência e da técnica, e para o incremento da competitividade das nações, agora fundamentada nos alicerces do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo.

Uma vez mais, ciência, tecnologia e inovação foram objetos de muitas discussões, agora num cenário de preocupação com os visíveis efeitos das mudanças climáticas, do prenúncio da falta de alimentos e de água nas próximas décadas.

Dessa forma, vem sendo cada vez mais importante rediscutir o papel da ciência e da tecnologia nas sociedades sustentáveis; reformular as estruturas curriculares na educação básica, no ensino fundamental e no ensino médio; adequar o ensino profissionalizante às novas demandas das empresas; e, no caso da educação superior, oferecer novas modalidades de diplomas e ampliar a articulação entre universidades e empresas, para que estas possam agregar valor aos produtos das empresas, sempre respeitando os paradigmas da sustentabilidade.

Foi com este intuito que a Universidade das Nações Unidas (UNU), sediada em Tóquio, decidiu, ainda em 2011, estimular a criação de duas novas organizações em nosso país: o Instituto de Estudos Avançados do Rio de Janeiro (IAS-Rio) e o Centro Regional de Expertise em Educação para o Desenvolvimento Sustentável (RCE-Rio de Janeiro).

O IAS-Rio, em fase de organização, tem por missão contribuir para o aprofundamento e disseminação de conhecimentos relacionados com a sustentabilidade global, por intermédio de projetos de investigação, de programas de qualificação e de capacitação de pesquisadores, de estudos especiais e de apoio a governos, empresas e associações civis.

Seus objetivos, intrínsecos a um instituto think tank, são a produção autônoma de diagnósticos, cenários, conhecimentos, ideias e proposições de políticas inovadoras relacionadas com os processos de sustentabilidade; a realização de projetos de investigação em temas relacionados com as economias verdes; a capacitação de jovens doutores, com bolsas de pós-doutorado; a orientação de pesquisas para candidatos ao doutorado, sempre em articulação com as universidades em que estão matriculados; e a realização de programas que disseminem a “cultura da sustentabilidade”.

"Esperamos que o IAS-Rio e o RCE-Rio de Janeiro possam contribuir para a construção de uma sociedade sustentável"

Entre suas ações, estão previs- tas a instalação de duas centrais de casos de sucesso. A primeira, relacionada com as boas práticas para o desenvolvimento sustentá- vel e realizadas por empresas e pessoas; e a segunda, relatando soluções encontradas pelas cida- des no tratamento de questões ambientais, na geração de empre- go e renda e na inclusão social.

Pelas suas características, uma vez que está inserido num país em acelerado processo de desenvolvimento e com o com- promisso de promover a inclusão social e uma melhor distribuição de renda, o IAS-Rio procurará aproximar-se de governos e em- presas, oferecendo soluções ino- vadoras, visando à consolidação das sociedades sutentáveis por meio de projetos realizados iso- ladamente ou em parceria.

Nesse contexto, o IAS-Rio fun- cionará como o líder de uma rede que articulará os laboratórios e pesquisadores em universidades e institutos de pesquisa nacio- nais e estrangeiros, com foco no continente americano e nos Brics. Sua similaridade com o Instituto de Estudos Avançados de Yoko- hama, também vinculado à UNU, foi determinante para a elabora- ção de um projeto com as carac- terísticas mencionadas anterior- mente. O IAS-Rio começou a dar os seus primeiros passos nos início de 2012 e já conta com um apreciável conjunto de projetos de pesquisa em elaboração.

A segunda das organizações propostas pela Universidade das Nações Unidas, o Centro Regional de Expertise em Educação para o Desenvolvimento Sustentável (RCE-Rio de Janeiro), estruturou-se a partir do Plano de Desenvolvimento Estratégico do Rio de Janeiro, na medida em que o alcance do Centro é regional. Segundo esse plano estratégico, pretende-se que o Rio de Janeiro seja identificado por três segmentos-âncora: petróleo e gás; turismo; e indústria do conhecimento.

Os dois primeiros são evidentes, pois movimentam parte significativa do Produto Interno Bruto do nosso estado. O último é consequência de alguns fatos importantes: o estado conta hoje com 19 universidades e 26 institutos de pesquisa, e detém uma parcela expressiva da produção científica nacional. Além disso, funcionam hoje no Rio de Janeiro 18 incubadoras de empresas e cinco parques tecnológicos, todos em fase de acelerado crescimento.

A partir das metas estabelecidas para o estado, o projeto do RCE-Rio de Janeiro procurou identificar como a educação poderá exercer sua missão transformadora numa sociedade em rápido processo de desenvolvimento, influenciada pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), pelos programas de recuperação de comunidades carentes e pelos grandes eventos programados para esta década, dos quais a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 se destacam.

O projeto de instalação do RCE-Rio de Janeiro parte da premissa de que os maiores legados destes eventos deverão ser a melhoria da qualidade de vida, a inclusão social de elevados contingentes de nossa população e a sua preparação para a ocupação dos inúmeros postos de trabalho que surgirão nos próximos anos, além do incremento da competitividade de nossas empresas.

Com o indispensável apoio da Rede de Tecnologia (RedeTec), o RCE-Rio de Janeiro vem funcionando como um centro irradiador de propostas inovadoras em educação para o desenvolvimento sustentável, estimulando a elaboração de novos projetos e participando diretamente em programas que contribuam para utilização das tecnologias de informação e comunicação no ensino médio.

Pelas suas peculiaridades, o RCE-Rio de Janeiro busca também atuar na formação de líderes cidadãos em comunidades carentes; na capacitação de jovens empreendedores; na identificação de novas oportunidades para a geração de emprego e renda; e na elaboração de estruturas curriculares que atendam aos requisitos impostos pela sociedade do conhecimento.

Esperamos que as duas iniciativas possam, de fato, contribuir fortemente para a construção de uma nova sociedade, consciente de suas responsabilidades com a preservação do meio ambiente, com a equidade e com a utilização dos avanços da ciência e da técnica em benefício da qualida- de de vida e do bem-estar.

Paulo Alcântara Gomes é presidente da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

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